História

Esta região foi objecto da carta testamentária feita por D. Afonso Henriques ao Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, no ano de 1167, consta da tradição oral, que havia neste local uma região de areias, onde as dunas estavam cobertas por uma vegetação de risomas e folhas serrilhadas (carexarenae) vegetação esta mais conhecida por moita de carriços.
Nestas dunas se fixaram os primeiros colonos, protegidos pelas regalias concedidas pelo Abade D.João de Santa Cruz, as quais seriam progressivamente ampliadas, até ao reinado de D. João III, com o fim de fomentar as Matas Reais, que se estendiam para Norte do Pinhal do Urso.
 
Parte desta região dependia do concelho do Louriçal, até que tendo sido extinto no ano de 1855, deu origem a que posteriormente se retalhasse em autarquias paroquiais, entretanto como lugar da freguesia do Louriçal e por se situar a grande distância da sede da freguesia (cerca de dez km) a população de Carriço era constantemente desfavorecida, na época não existiam meios de transporte e os habitantes de Carriço tinham de se deslocar a pé para o lugar de Louriçal, o que acontecia com frequência, porque os baptizados, casamentos e funerais e mesmo os encontros de catequese eram ali efectuados. O descontentamento da população local foi crescendo e deu início, nos anos 30 a uma luta pela erecção deste território a freguesia. Apesar da oposição da população do Louriçal, do seu pároco e até de alguns habitantes locais, a população conseguiu, com o esforço e empenho de muitos, destacando-se em especial o senhor João Gomes Leal, que o lugar fosse finalmente elevado a freguesia em 1960.
 
A freguesia do Carriço foi desanexada pelo Decreto-Lei nº 42 809 de 19 de Janeiro de 1960 e constituída por dezassete lugares vizinhos, com a sede no lugar mais central, desenvolvido no cruzamento das estradas de Leiria para a Figueira da Foz e do Louriçal para as Matas Nacionais.
 
A paróquia religiosa seria fundada canonicamente logo em seguida e inaugurada no dia 10 de Dezembro de 1961, após estarem concluídas as obras da igreja, que tem por orago, Nossa Senhora da Conceição, visto ser considerada muito pequena, a Capela de S. João.